Apos ter lido algum
tempo atrás que o Governo de Angola decidiu aumentar em 13% o salário mínimo
nancional, acabo de ler outra notícia segundo a qual os Suíços, após um
referendum, recusaram ter a possibilidade de ostentarem o maior salário mínimo
mundial (que no caso seria de 14.01 USD por hora de trabalho). A questão da
necessidade de existir ou não um salário mínimo nacional (devidamente
estabelecido) parece ter voltado ao top da agenda politica em vários países desenvolvidos
como a Alemanha, EUA, França e Reino Unido[1]
especialmente neste período de austeridade.
Para o caso específico de
Angola, podemos mesmo afirmar que esse ajuste já vem tarde, uma vez que é
possível verificar, nos mais variados supermercados existentes em Luanda (com
particular realce para os da rede Nosso Super), que os productos considerados
da cesta básica estão a um preço muito acima do salário mínimo nacional. Isso
significava que quem recebe tal salário não está em condições se quer de poder
adquirir a cesta básica!
Um aumento do salário
mínimo nacional causa sempre um mal estar à classe empresárial nacional especialmente
por acharem que isso “encarece” a mão de obra nacional, tornando-a menos
competitiva (na perspectiva dos investidores nacionais e estrangeiros).
Essa posição não é
errada de todo, afinal o salário mínimo nacional é também usado como um
indicador por qualquer investidor (nacional ou estrangeiro). Contudo, não nos podemos
esquecer que um bom salário contribuiu significativamente para o aumento de
productividade dos trabalhadores. Aumentando à produtividade, fica de certa
forma resolvida a possibilidade de haver um aumento dos custos de produção a
maior fonte de preocupação por parte de qualquer investidor no que ao aumento
salarial diz respeito.
Em
suma:
Só vamos saber se tal medida trouxe benefícios aos trabalhadores angolanos se
houver um aumento de produtividade (que na qualidade de consumidores de
serviços públicos vamos poder conferir depois). De contrário, vamos assistir um
aumento dos custos de produção e consequentemente um aumento generalizado de
preços de bens e serviços.
[1] Ver
notícia da Blomberg disponível online: http://www.bloomberg.com/news/2014-04-13/world-leading-25-hourly-wage-floor-roils-swiss-businesses-jobs.html
estamos na mesma sintonia enriquecendo ainda o seu argumento que é muito valido reçaltar em termos de gestão de pessoas a maior satisfação do pessoal é a boa remuneração pois para cobrarmos é preciso dar, em uma prespectiva economica o aumento da produção em certa parte se deve ao consumo que por sua vez os produtores e o governo ganham em termos de venda e arrecadação de receita, mas ém caso do nosso angolano há um trade-off pois o governo quer diversificação mas para diversificar exige consumo e produção que para tal exige satisfação dos trabalhadores nacionais que são os potenciais consumidores, os ordenados em Angola esta muito aquem da satisfação da cesta basica nacional. é preciso fazer um estudo profundo sobre o IPC, para se puder apurar a real situação angolana
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