Até ai tudo bem, um ministro corrupto foi “apanhado”, julgado e condenado
dentro da lei. Mas este assunto chamou a minha atenção, especialmente por estar
ligado a um tema que tenho estado a debater com alguns colegas de um tempo a
esta parte que é o que chamo de “Corrupção Produtiva”. O que é isso “Corrupção
Produtiva”? Uma explicação simples seria a seguinte: Vamos assumir que existem
duas formas de corrupção, uma que eu chamarei de “Corrupção parasitária” e a outra “Corrupção Produtiva”. A primeira, “Corrupção parasitária”, caracteriza um individuo com poder de
decisão que uma vez recibo o suborno não mais se preocupa que o serviço/projecto
sob sua responsabilidade seja executado com qualidade e dentro dos prazos
predefinidos. A segunda, “Corrupção
Produtiva”, o individuo com poder de decisão também recebe o suborno MAS
certificasse que pelo menos o serviço/projecto sob sua responsabilidade seja
executado com a qualidade exigida e dentro dos prazos.
Esse caso ilustra, mais uma vez, que a corrupção está quase sempre presente
quando os países estão em fase de transição. No caso da China, um país
emergente, durante o mandato do Liu
Zhijun o país não deixou de modernizar e expandir a sua rede de transporte
ferroviário (se bem que não podemos abordar a questão da qualidade e dos
prazos, mas existe indícios de haver alguma qualidade, afinal os Jogos Olímpicos
de 2008 foram em Beijing), podemos argumentar que ele terá cometido o que eu
chamaria de “Corrupção Produtiva”.
Moral da estória: Se tiver que
haver corrupção em Angola, que ao menos seja uma “Corrupção Produtiva”, MAS quem for apanhado que receba o tratamento
Chinês!
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