terça-feira, 23 de abril de 2024

Produção Nacional - Nossa participação no Programa Visão Económica da TPA Notícias 09.04.2024

 Pode ser visualizado aqui: Visão Económica 09.04.2024 (youtube.com)

Alteração das taxas de bens de primeira necessidade - Debate na TPA Notícias 16.04.2024 (a partir do minuto 29)

 Este debate pode ser visualizado aqui: Visão Económica 16.04.2024 (youtube.com) https://www.youtube.com/watch?v=nmxVaFycK_M 


Sobre o Novo Tratado de Gestão de Pandemias e Regulamento Sanitário Internacional

Com vista a colocar o combate e controlo de pandemias no topo da agenda internacional de saúde, a OMS está a negociar alterações ao Regulamento Sanitário Internacional e um novo tratado sobre pandemias. Ora bem, o que não está sendo dito e consequentemente devidamente discutido e analisado pelos países africanos são as implicações destes dois instrumentos. Segundo um documento do grupo de trabalho multi-disciplinar  africano sobre epidemias e pandemias (coordenado pelos Professores Doutores Pedrito Cambrão de Moçambique e Wellington Oyibo da Nigéria, através da Rede de Estudos sobre a África Lusófona[1], da qual fazemos parte, estas alterações “dariam ao Director Geral da OMS autoridade para declarar pessoalmente uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional”, o que deveria preocupar não só a governação em Angola como a sociedade em geral (tanto em Angola como em outros países africanos).

Uma vez adoptadas, estas alterações obrigam aos países seguirem as recomendações da OMS e tomarem medidas como o encerramento das suas fronteiras, confinamentos prolongados, que poderiam ser nefastas aos seus interesses. As alterações que a OMS espera introduzir já em Maio deste ano, podem resultar na perda do que os especialistas chamam de soberania sanitária e claro independência económica. Em Novembro, o Novo Jornal destacou o chumbo dado pela OMS a Angola devido a sua fraca preparação às emergências de saúde. O que não foi dito é que ao desejar que os países africanos melhorem a sua “preparação para pandemia”, a OMS está a subverter as prioridades destes mesmos países. Para um país como Angola, acreditamos que acaba por ter mais impacto e benefício as suas populações e economia (reduzindo a improdutividade causada pelas hospitalizações) uma aposta na erradicação de doenças como a malária e tuberculose, do que alocar recursos para futuras pandemias. 

Para saber mais sobre o trabalho do grupo de trabalho multi-disciplinar  africano sobre epidemias e pandemias, "Pan-Africa Epidemic and Pandemic Working Group", visite o website: Pan-Africa Epidemic and Pandemic Working Group, aproveite e deixe o seu apoio assinando a petição:  Petition — Pan-Africa Epidemic and Pandemic Working Group


[1] https://resal.website/