E lá
vamos nós de novo. Apresentar desafios/projectos gigantescos parece ser rotina
nos dias de hoje. Antes foi“1 milhão de casas” que depois notou-se ser uma
missão impossível no tempo dado. Parece que não aprendemos e voltamos agora a
falar em 1 milhão de empregos até 2017! Ok, vamos lá dissecar isso: Será que já
conseguimos dizer quantos empregos o país está a ser capaz de criar por ano? Em
que sectores serão criados esses empregos? Que tipo de emprego será criado?
Estes empregos vão ajudar a reduzir o desemprego no país em quantos porcentos?
Já agora, saibam que é difícil obter dados sobre a taxa de desemprego em
Angola.
Algum
tempo atrás (ver post de 24
de Julho, 2013) expliquei neste fórum (e em algumas conferências
internacionais) que criar emprego por criar, no caso relacionado com a
desregulação do mercado do trabalho, através da flexibilização da Lei Geral do Trabalho em Angola, não ajudaria
muito a população angolana no geral e em particular a juventude e nem tao pouco
criaria a tão desejada estabilidade no emprego. Precisávamos identificar o tipo
de empregos a criar, uma vez que poderíamos estar a criar empregos precários,
isto é, empregos que não oferecessem nenhuma estabilidade laboral e muito menos
garantia de melhoria das condições sociais dos potenciais beneficiários.
Sim,
o executivo até poderia ficar pelos 100,000 empregos, dar-nos-íamos por
satisfeitos, desde que fossem sustentáveis a longo prazo e que proporcionassem
condições sociais condignas aos beneficiários.
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