Essa foi a pergunta feita por nós quando explicamos na edição
421 de 12 de Maio do jornal Expansão
que ‘disciplina’ era o que o sector público angolano necessitava. Assim sendo, não
foi nossa surpresa ler na edição 439 de 15 de Setembro do Expansão que de um universo de 75 empresas públicas, 51
apresentaram as contas (das restantes 24 não se tem notícias) e ainda assim
destas 51 empresas apenas 11, 21%, tiveram
as contas aprovadas sem reservas. Notem que isso acontece apesar de no dia 21 de
Julho 2015, o Expansão ter noticiado[1] que
o ISEP, na pessoa do seu PCA, informou que “as empresas públicas deverão
chegar até ao ano de 2017 com as contas homologadas sem reservas.” Existe prova
maior de indisciplina?
Deste exercício subentendesse que existe
uma desproporcional correlação de forças entre a instituição que deve controlar
o sector empresarial público i.e. o ISEP e a gestão das empresas publicas
angolanas i.e. o Conselho de Administração dessas empresas. Até agora tudo
indica, pelos resultados divulgados, que a gestão do ISEP não tem o mesmo
capital político i.e. apoio da superestrutura governativa, de que parecem gozar
os gestores dessas empresas públicas que teimam em não prestar contas da sua gestão.
Será que este quadro vai mudar quando o presidente eleito for empossado? A ver
vamos!
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