sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Ainda sobre a alocação de divisas: Parece que o BNA não está a fazer o seu devido papel

Ao lermos hoje no jornal Expansão[1] que o BNA continua a ‘facilitar’ a saída de capital angolano para aquisição de “empresas, casas e títulos no estrangeiro” ao invés de, por exemplo, priorizar o sector produtivo na aquisição de equipamento e matéria-prima (quando necessária) num período em que o novo Executivo diz-se comprometido com o processo de diversificação da economia, recordamos do que já havíamos dito no nosso artigo[2] publicado no dia 28 de Abril neste mesmo jornal e onde assinalávamos que o grande desafio era saber se teria “o BNA e o seu Governador a capacidade de monitorizar e assegurar que as divisas disponibilizadas sejam canalizadas para o sector produtivo e não usadas na aquisição de propriedades e bens de luxo no exterior?” Pelo texto apresentado pelo Expansão ficamos hoje a saber que a resposta infelizmente é “Não!”

Enfim, é necessário que a as palavras estejam alinhadas com as acções i.e. não basta dizer que existe vontade de diversificar a economia angolana, é necessário traduzir essa vontade em actos concretos, que passa por uma mudança no processo de alocação de divisas.




[2] Fernandes Wanda (2017) 'Papel do BNA em tempo de crise - Convidado', Expansão, Edição 419 28 Abril.
                                                                                                                                                                         

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