Ao lermos hoje no jornal Expansão[1] que o
BNA continua a ‘facilitar’ a saída de capital angolano para aquisição de “empresas,
casas e títulos no estrangeiro” ao invés de, por exemplo, priorizar o sector
produtivo na aquisição de equipamento e matéria-prima (quando necessária) num período
em que o novo Executivo diz-se comprometido com o processo de diversificação da
economia, recordamos do que já havíamos dito no nosso artigo[2] publicado
no dia 28 de Abril neste mesmo jornal e onde assinalávamos que o grande desafio
era saber se teria “o BNA e o seu Governador a capacidade de monitorizar e
assegurar que as divisas disponibilizadas sejam canalizadas para o sector
produtivo e não usadas na aquisição de propriedades e bens de luxo no exterior?”
Pelo texto apresentado pelo Expansão
ficamos hoje a saber que a resposta infelizmente é “Não!”
Enfim, é necessário que a as palavras estejam alinhadas com as acções i.e. não
basta dizer que existe vontade de diversificar a economia angolana, é necessário
traduzir essa vontade em actos concretos, que passa por uma mudança no processo
de alocação de divisas.
[2] Fernandes
Wanda (2017) 'Papel do BNA em tempo de crise - Convidado', Expansão, Edição 419
28 Abril.
Sem comentários:
Enviar um comentário