Contudo, fica subjacente neste relatório que a época áurea
dos combustíveis fósseis parece ter terminado especialmente após o acordo alcançado
em Paris. Esses desenvolvimentos terão um impacto directo em Angola que como se
sabe ainda depende muito do petróleo não só como fonte de receita de divisas como
também como suporte ao seu sector industrial.
Hoje não se pode negar que uma alteração no preço dos combustíveis
acaba por ter uma repercussão directa na vida (e qualidade de vida) dos cidadãos
afinal o preço do pão subiu dos 15 para 20 AKz, o candongueiro passou dos 100 para os 150 Akz. Isso porque ainda não conseguimos
desenvolver outras fontes de energia para dar suporte aos esforços de industrialização
(apesar da promessa de se colocar em actividade muitos dos projectos hidroeléctricos
já em 2017).
A situação que Angola vive hoje ilustra claramente a
ideia de que um país pode ser até ser produtor de petróleo mas ainda assim ser energeticamente inseguro. Isto acontece,
no caso angolano, pelo facto de não se ter desenvolvido uma indústria petrolífera que prestasse uma
atenção especial a refinação e ao desenvolvimento de outros produtos derivados
do petróleo com potencial a nível das exportações.
Neste blog já deixamos
algumas ‘pistas’ que poderiam ajudar a minimizar os efeitos negativos desses
eventos (ver por exemplo 14 de Fevereiro de 2015, 1 de Marco de 2015), pelo que, resta saber se quem
de direito saberá tomar as medidas que se mostram necessárias.
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